1. |
contra
02:27
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atrás de quem diga o que fazer
é mais difícil perceber
que sempre será você contra você
e ninguém mais por merecer
sempre atrasado por pensar demais
enquanto andava e tropeçava
passei depressa e não notei
que a fila de enfermos segue em frente
atrás de quem diga o que fazer
sobre e ser e ter que ser indiferente
(mas agora me sobra o ar que me faltará...agora me sobra ar)
será que eu devia
saber a hora e o dia
que o meu lugar na fila vai chegar também?
quem sabe até já é minha vez
é fácil ser fraco
seja bem vindo quem queira
sempre será você contra você
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2. |
peso morto
02:35
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já faz tempo que carrego esse peso morto
esperando que alguém livre as minhas costas
sem que me pareça uma fraqueza
o gesto de nudez
se você é livre pra esquecer, pertencer por quê?
faz muito que carrego esse corpo quase morto
mas eu terminei
minha vontade me escravizou
minha bondade já não é demais
e se eu puder deixa-lo e vê-lo solto
não vou olhar culpado e sei
o que sobra peso o quanto eu não me importarei
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3. |
o tempo toma forma
02:38
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calmo, o tempo toma forma mesmo que disfarce
ninguém está disposto a tirar vantagem de um desgosto
deixe que apodreça
antes que apareça o medo do erro
veja a diferença quando estamos sós
celebrando juntos vão desfeitos os nós
perguntando quem irá sobrar depois do fim do mês
calmo, o tempo toma parte do que for desgaste
ninguém irá mexer no que está pronto pra deixar de ser
o que já foi pro outro
queimando pouco a pouco
como quisemos ver
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4. |
eu preferi perder
01:21
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talvez não queiram mais saber mais vim
no mesmo passo que me derrubei
a multidão inteira agora ri
repito o erro escapado ao rei
erguendo o orgulho que pertence a si
coroa o tolo menos do que tem
já não se importa pro poder, sorri
o que se pede a quem quer nada ter?
recompensados por saber pedir
recompensados por saber perder
não tenham tanta coisa assim um ao outro pra esconder
talvez não queiram mais saber mais vim
serei vencido e não me importarei
serei queimado e esquecido aqui
mas serei livre por querer perder
a multidão que antes me cuspiu
agora janta sem me perceber
serei queimado e enterrado aqui
eu preferi perder
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5. |
siso
02:14
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agora sei o que preciso; pouco
estanco a seco o sangue que sorve e serve ao outro
não traz a paz ter a resposta pronta
em revolta, nasce e incomoda
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6. |
mais do mendes
02:46
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satisfeito por evitar a solução por mais um dia são
contar pontas para o sustento
anestesia como alimento
será que eu pensei tão alto e disse?
porque insistir é estupidez
se ser sincero é censurar sorrindo
não sei se sou capaz de me entreter
reclame o seu azar a quem salvar depois
a menos que saia sua vez
ou que sejamos não mais que três, pro que trago no bolso
me mostra outro lugar e vou
que morra o corre no fim da sede
ao seu lugar ao chão, melhor cair então
são só cinzas, se bater valeu
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7. |
da metade pro fim
03:25
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antes fosse só o que nunca ouve
mas há essas sobras, essas notas e porquês
o relógio apontado pra mim
já me acusa de ser sempre o mesmo que ainda tenta
se guardei a metade, sim
acho pouco pra quem quis ir mais longe
armadilha que eu mesmo escolhi
de encontro umas com as outras, as verdades todas
cavo a minha cova e vivo
eu guardei um pedaço e quem quis
verso que disfarcei e não distante acerto
certo de que a vontade por si
distraísse quem sobrou com a carta nas mãos
sempre o ultimo a sair
eu não sei vocês, mas acreditei nas mentiras que me fizeram bem
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